segunda-feira, 4 de março de 2013

Uma Mulher, uma ideia, uma criação.

Em homenagem a todas as mulheres, um pouquinho da vida da inventora do equipamento que todos automóveis tem, do mais simples ao mais luxuoso.

          O mundo automobilístico era dominado pelo machismo. Todos  os aprimoramento  e as inovações era desenvolvidas e criadas por  homens. Mas essa história estava para mudar. Em 19 de fevereiro de 1866 em Greene County  na cidade de Burton Plantation Hill, nascia Mary Anderson. O pai de Mary morreu quando ela tinha 4 anos. Em 1889 ela mudou se com sua irma e sua mãe para cidade de Birmingham. Em 1892 Ela foi ajudar uma tia idosa. Anos depois  quando sua tia morreu deixou uma fortuna em jóias para sua família. Mary pegou parte dessa grana para fazer uma viagem no inverno para Nova York.


No caminho ela percebeu que a maioria dos poucos  motoristas da época dirigia com a cabeça para fora do carro e que condutor do bonde chegava a parar para tirar a neve do para brisa,caso contrario não seria possível guiar. Voltando  para casa, começou a  pensar em uma maneira simples mas funcional para resolver esse problema. Ela queria fazer um mecanismo que permitisse  tirar a neve o granizo e a chuva sem precisar parar e por dentro do carro. Mary rascunhou o dispositivo e com  com ajuda de uma oficina local materializou seu esboço. O produto final  era basicamente um lamina de borracha fixa numa  haste de metal,controlada por uma alavanca pequena de dentro do carro.

               Nos jipes mais antigos que circulam pelo nosso estado  é possível ver como era o formato. Os primeiros equipamentos eram manuais. O motorista  tinha a função de dirigir e movimentar a alavanca para retirar a neve ou a água do para brisa.

 No ano de 1903 Mary entrou com um pedido de patente para os limpadores de para brisa.Conseguindo a patente de nº743801   em 10 de novembro de 1903. Em 1905, ela escreveu  para uma empresa canadense sobre a compra da patente, mas a empresa não via valor comercial no dispositivo e recusou-se a produzi-lo.

Por volta de 1920, Mary sua irmã e sua mãe estavam vivendo de forma independente. Anderson administrava  o prédio da família.
Em 27 de junho de 1953, em sua casa de verão em Monteagle, Tennessee ela vem a falecer. Ela foi enterrada no Cemitério de Elmwood em Birmingham. O New York Times e a revista Time publicaram  seu obituário pela única razão de ser a inventora do que hoje chamamos limpador de para brisas.

Mary morreu sem conseguir lucrar com seu invento. Muitas criticas eram feitas a sua invenção, alegavam que o limpador distrairia os motoristas. Ela estava na frente do seu tempo. Como não havia muitos carros circulando nas ruas, segurança não fazia parte dos primeiros automóveis. Só em meados dos anos 50 em diante e que foi pensado em equipamento de segurança.

 A invenção de Mary Anderson foi esquecida, sua patente caducou e outros copiaram sua ideia. As empresas de automóveis todas começaram a usar limpador mas sem dar credito para os inventores. No ano de 1917 Charlotte Bridswood  registrou os primeiros limpadores de para brisa automáticos, mas como  Mary não teve nenhum retorno financeiro com seu feito. Nos anos 40 e 50 quando era mais comum ver automóveis na rua, e os limpadores de para brisa se tornaram equipamentos de serie  nos carros.

O limpador de para brisa integra os  famosos litígios de patentes, encabeçando a lista. Toda a  história por traz dessa comodidade automotiva foi parar na tela do cinema, no filme Flash of Genius.  A telona  mostra um pouco das melhorias criadas por um professor universitário e o uso de suas melhorias sem o devido reconhecimento ao seu feito. O filme exibe o processo judicial  movido por Robert Kearns contra a Ford. Esse filme pega pesado com indústria automobilística americana. Por isso foi pouco divulgado por aqui.Um filme bacana vale pena ver.


            Toda a criatividade de Mary Anderson hoje é perceptível  observando o  quanto se tentou de todos os meios criar um dispositivo que fosse mais eficaz que o limpador de para brisa.  Mas nos dias atuais   se analisarmos os projetos de automóveis dos anos vindouros, nas projeções de designes, vamos encontrar a simples mais funcional peça que saio da cabeça dessa grande mulher chamada Mary Anderson.  A inventora do limpador é apreciada por ser incentivadora da participação feminina na industria automobilística. De acordo com a publicação americana ( Women`s Bureau Bulletin) em 1923 existia 345 invenções  femininas na área automotiva.

Por: Wilson Pereira Junior

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