No caminho ela percebeu que a maioria dos poucos motoristas da época dirigia com a cabeça para fora do carro e que condutor do bonde chegava a parar para tirar a neve do para brisa,caso contrario não seria possível guiar. Voltando para casa, começou a pensar em uma maneira simples mas funcional para resolver esse problema. Ela queria fazer um mecanismo que permitisse tirar a neve o granizo e a chuva sem precisar parar e por dentro do carro. Mary rascunhou o dispositivo e com com ajuda de uma oficina local materializou seu esboço. O produto final era basicamente um lamina de borracha fixa numa haste de metal,controlada por uma alavanca pequena de dentro do carro.
No ano de 1903 Mary entrou com um pedido de patente para os limpadores de para brisa.Conseguindo a patente de nº743801 em 10 de novembro de 1903. Em 1905, ela escreveu para uma empresa canadense sobre a compra da patente, mas a empresa não via valor comercial no dispositivo e recusou-se a produzi-lo.
Por volta de 1920, Mary sua irmã e sua mãe estavam vivendo de forma independente. Anderson administrava o prédio da família.
Em 27 de junho de 1953, em sua casa de verão em Monteagle, Tennessee ela vem a falecer. Ela foi enterrada no Cemitério de Elmwood em Birmingham. O New York Times e a revista Time publicaram seu obituário pela única razão de ser a inventora do que hoje chamamos limpador de para brisas.
Mary morreu sem conseguir lucrar com seu invento. Muitas criticas eram feitas a sua invenção, alegavam que o limpador distrairia os motoristas. Ela estava na frente do seu tempo. Como não havia muitos carros circulando nas ruas, segurança não fazia parte dos primeiros automóveis. Só em meados dos anos 50 em diante e que foi pensado em equipamento de segurança.
A invenção de Mary Anderson foi esquecida, sua patente caducou e outros copiaram sua ideia. As empresas de automóveis todas começaram a usar limpador mas sem dar credito para os inventores. No ano de 1917 Charlotte Bridswood registrou os primeiros limpadores de para brisa automáticos, mas como Mary não teve nenhum retorno financeiro com seu feito. Nos anos 40 e 50 quando era mais comum ver automóveis na rua, e os limpadores de para brisa se tornaram equipamentos de serie nos carros.
O limpador de para brisa integra os famosos litígios de patentes, encabeçando a lista. Toda a história por traz dessa comodidade automotiva foi parar na tela do cinema, no filme Flash of Genius. A telona mostra um pouco das melhorias criadas por um professor universitário e o uso de suas melhorias sem o devido reconhecimento ao seu feito. O filme exibe o processo judicial movido por Robert Kearns contra a Ford. Esse filme pega pesado com indústria automobilística americana. Por isso foi pouco divulgado por aqui.Um filme bacana vale pena ver.
Toda a criatividade de Mary Anderson hoje é perceptível observando o quanto se tentou de todos os meios criar um dispositivo que fosse mais eficaz que o limpador de para brisa. Mas nos dias atuais se analisarmos os projetos de automóveis dos anos vindouros, nas projeções de designes, vamos encontrar a simples mais funcional peça que saio da cabeça dessa grande mulher chamada Mary Anderson. A inventora do limpador é apreciada por ser incentivadora da participação feminina na industria automobilística. De acordo com a publicação americana ( Women`s Bureau Bulletin) em 1923 existia 345 invenções femininas na área automotiva.
Por: Wilson Pereira Junior
Nenhum comentário:
Postar um comentário